Uma forte atividade solar desencadeou um espetáculo de auroras boreais no hemisfério norte e auroras austrais no hemisfério sul, iluminando os céus da noite de sexta-feira (10) para sábado (11).
As auroras boreais acontecem quando partículas energizadas ou ventos solares de alta velocidade penetram na atmosfera, sendo redirecionadas para os polos pelo campo eletromagnético da Terra. Este fenômeno foi testemunhado na Nova Zelândia, nos Estados Unidos e em algumas regiões da Europa e Austrália.
O planeta está enfrentando uma das maiores tempestades solares registradas nas últimas décadas, preocupando os responsáveis pelas redes elétricas, sistemas de comunicação e satélites.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) alertou que a tempestade geomagnética em curso tem se manifestado como auroras em vastas áreas do Hemisfério Norte. Embora danos significativos ainda não tenham sido relatados, houve impactos mensuráveis, incluindo degradação e perda nos sistemas de comunicação que dependem de ondas de rádio de alta frequência.
Shawn Dahl, coordenador de serviços do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA, comentou sobre a intensidade da atividade solar e seus efeitos sobre as redes elétricas e sistemas de satélite. Enquanto os operadores de rede elétrica lutam para manter a corrente adequada e regulada, os operadores de satélite monitoram a saúde das espaçonaves devido à tempestade que continua afetando os sistemas GPS.
Classificada como “Extrema” pela NOAA, a tempestade geomagnética G5 é a primeira de seu tipo a atingir o planeta desde 2003. Havia previsões de que essa tempestade atual poderia induzir auroras visíveis em áreas incomuns, como o norte da Califórnia e o Alabama.
A fonte dessa tempestade solar são aglomerados de manchas solares na superfície do Sol, carregadas com campos magnéticos que podem lançar partículas carregadas em direção à Terra, conhecidas como ejeções de massa coronal. Esses eventos, mais frequentes durante o pico do ciclo solar de 11 anos, têm se tornado mais frequentes e intensos.
Embora não tão poderosa quanto o “Evento Carrington” de 1859, que gerou auroras visíveis até no México e no Havaí e afetou sistemas telegráficos em toda a Europa e América do Norte, a dependência moderna de sistemas eletrônicos e elétricos torna essas tempestades solares um desafio significativo.
As tempestades solares podem induzir correntes elétricas inesperadas em linhas elétricas de longa distância e perturbar a ionosfera, afetando transmissões de rádio de longa distância e sinais de GPS. Além disso, a radiação dessas tempestades pode impactar satélites em órbita, alterando suas órbitas e até aumentando o arrasto atmosférico, o que potencialmente pode levar à queda de satélites em direção à Terra.
Apesar dos desafios apresentados por essa tempestade solar, não há necessidade de pânico. Os operadores de serviço recomendam algumas precauções básicas, como manter lanternas e rádios à mão em caso de apagões temporários.
Assim, enquanto o mundo observa os efeitos dessa tempestade solar, é um lembrete oportuno da interconexão entre a Terra e o Sol e da necessidade contínua de estarmos preparados para eventos espaciais extremos.
Por Rebeca Maia, Theology Student Gazette.
Uma resposta
Que matéria legal, uma das coisas que precisamos tem em casa sempre guardados é água tentem manter água em quantidade maior q o normal em casa se faltar energia por algum motivo ! Não vamos conseguir no locomover sem energia! Ou comprar ou pagar!
Parabéns pela matéria Rebeka
Por poucos dias eu não pego esse evento lá em Seattle!