A criação do mundo foi feita de maneira maravilhosa pelo Criador e é narrada nas Sagradas Escrituras de forma detalhada.
A formação dos céus, da terra, a divisão das águas do continente, a criação dos animais marinhos, das plantas, dos animais foram realizadas pelo Bondoso Deus graciosamente, avaliava o seu serviço e via que era bom (Gn 1:3,18,24).
Todavia, o ápice da criação aconteceu no sexto dia, quando o Senhor Deus formou o homem e a mulher de maneira distinta das outras criaturas. Criou o homem e a mulher à sua imagem e à sua semelhança (Gn 1.26).
No ato criacional do primeiro casal, Deus instituiu a família, começando com o homem e a mulher (Gn 2.24) e depois com a vinda dos filhos, cumprindo a ordenança de serem fecundos (Gn 1.28).
Outro ponto a destacar na distinção do ser humano dos animais é que a união entre o esposa e a esposa refletisse o amor de Deus para com a humanidade, e antes da queda, o próprio Deus se fazia presente no jardim do Éden, todas as tardes, e conversava com o casal (Gn 3.8).
O Apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu aos efésios reforçando o conceito bíblico de que a união entre o homem e a mulher deve refletir a união de Cristo e sua Igreja (Ef 5.25-31).
Um fato interessante é o de que a narrativa de toda criação registrada por Moisés, inspirado pelo Espírito Santo, no capítulo dois, antes da narrativa da queda, no capítulo três, termina com uma poesia de celebração proferida por Adão (Gn 2.23), pelo motivo de sua união com sua esposa Eva, refletindo a união de Deus com seu povo.
A celebração de Adão não passou despercebida pelo anjo decaído, o inimigo de Deus e do seu povo, Satanás, e não tardou para executar um plano de fazer inimizade entre o Senhor Deus e o casal.
Primeiramente, o tentador começou a dizer que se comesse o fruto proibido Adão e Eva não morreria (Gn 3.4); segundo, que se comessem seriam como Deus, conhecedores do bem e do mal, como se esse conhecimento os tornassem iguais a Deus (Gn 3.4).
Ao ouvir o tentador, antes de comer o fruto, a mulher teve o desejo de comê-lo, foi fascinada pela sua aparência estética e busca destaque no conhecimento (Gn 3.6)
Como ato contínuo, após comerem o fruto proibido, perceberam que estavam nus (Gn 3.7). no hebraico o termo “nu” significa sem cobertura, indefeso, fraco e humilhado. esses sentimentos o casal sentiu e não demorou para que houvesse dúvida e ressentimento de um para com o outro ao ponto de se esconderem e tentaram cobrir a nudez com folhas de figueira (Gn 3.7).
Não há sombra de dúvida quanto à quebra do relacionamento conjugal e isso se expressa quando o homem põe a culpa na mulher, com um agravante que, também, culpa a Deus que a criou e deu-a a ele (Gn 3.12).
As consequências do pecado chegaram ao casal: a expulsão do Éden; a dificuldade para provisão de alimento; a dor para geração de filhos (vv. 16-18).
Mas o Pai misericordioso vai em busca dos nossos primeiros pais, aplica-lhes a disciplina adequada para correção, não para destruição, e faz a promessa maravilhosa (que os teólogos chamam de próton Evangelho), de quel da semente da mulher haveria de vir O descendente que triunfaria sobre o tentador (Gn 3.15), o qual, quando na sua anunciação pelo anjo Gabriel de seu nascimento a José, assim se expressou: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados dele” (Mt.1.21).
A promessa da bênção para a família começou com o chamado de Abraão, que o Cristo viria de sua descendência e que seriam benditas todas as famílias da terra (Gn 12.3).
Por Ivanil Marques S. Jr. , escritor do livro “Uma Igreja Sempre Unida”