QUAL SERÁ A TUA ÚLTIMA MÚSICA?
Pastor Benigno Bianchini
Igreja Assembleia de Deus, Brasil-MG
13-11-2024
Tx. Rm 8.37-39
“Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
INTRODUÇÃO:
A vida é como uma melodia tocada em um piano. Cada tecla branca representa momentos de paz e alegria, enquanto as teclas pretas lembram os períodos de tristeza e sofrimento. Assim, cada escolha e ação se torna uma nota, contribuindo para a composição única da nossa existência. Ao final, todos nós enfrentaremos uma pergunta inevitável: qual será a nossa última canção? Será uma melodia de derrota ou de vitória? Uma sinfonia de vida eterna com Deus ou um silêncio de morte eterna sem Ele? A escolha é sua, e ela determinará onde você passará a eternidade.
1. As Teclas Brancas da Paz: A Canção de Davi
Davi foi chamado o homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22). Em muitos momentos, Davi tocou uma música de paz, especialmente em seus Salmos, nos quais ele expressava a alegria de confiar no Senhor. Ele viveu uma vida com notas de paz, apesar das adversidades. Quando pecou, Davi buscou arrependimento, e ao fim, sua vida tornou-se uma canção de reconciliação com Deus (Salmos 51:10-12).
2. As Teclas Pretas da Dor: Jó e Suas Perdas
A vida de Jó foi marcada por perdas dolorosas, representadas pelas teclas pretas do sofrimento. Contudo, mesmo em meio à tristeza, Jó manteve sua fé, declarando: “Eu sei que o meu Redentor vive” (Jó 19:25). Ele ensinou que podemos transformar as notas mais tristes em louvor, mantendo a confiança em Deus mesmo em tempos de escuridão.
3. A Tecla da Esperança em Meio à Angústia: Paulo e o Cárcere
O apóstolo Paulo escreveu grande parte de suas epístolas em circunstâncias difíceis, inclusive na prisão. Em Filipenses 4:13, ele proclamou: “Tudo posso naquele que me fortalece.” Paulo mostrou que, mesmo preso, a música de nossa vida pode ter um tom de esperança e vitória. Ele ensinou que a última música não depende das circunstâncias, mas da nossa fé em Cristo. Paulo em sua canção de Fé e Esperança
Na sua última carta, Paulo declarou com confiança: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4:7-8). Sua canção final foi de vitória e esperança, certo da coroa da justiça que o aguardava. Paulo nos mostra que a vida cristã, mesmo cheia de lutas, pode terminar com a segurança de um final glorioso ao lado de Cristo.
4. A Melodia da Fé: Abraão e a Promessa
Abraão é exemplo de alguém que tocou uma música de fé, crendo na promessa de Deus mesmo quando tudo parecia impossível. Ele foi justificado por sua fé (Romanos 4:20-22). Abraão nos lembra que, mesmo quando enfrentamos teclas de incerteza, podemos fazer uma música de fé, acreditando que Deus é fiel para cumprir Suas promessas.
5. A Canção do Perdão: Estevão e o Seu Sacrifício
Estevão, ao ser apedrejado, fez de sua última música uma oração de perdão: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:60). Ele escolheu terminar sua vida com uma música de misericórdia, mesmo diante da morte. Estevão nos ensina que a última música pode ser um ato de amor e perdão, refletindo a graça de Cristo.
6. Ananias e Safira: A Canção da Desonestidade e do Juízo
A última canção de Ananias e Safira foi de desonestidade e falsidade ao mentirem ao Espírito Santo (Atos 5:1-11). Como resultado, ambos caíram mortos, e sua música final se tornou um alerta severo contra a desonestidade perante Deus. Eles nos lembram que a busca por aparência e engano leva ao juízo e à morte espiritual.
7. O Tom de Reconciliação: O Filho Pródigo
O Filho Pródigo, em sua jornada de arrependimento e retorno, experimentou uma mudança de melodia, da amargura para a alegria de ser aceito pelo pai (Lucas 15:20-24). Ele nos lembra que, ao voltar para Deus, nossa última música pode ser uma celebração da graça e do perdão divino.
8. O Ladrão na Cruz: A Canção de Arrependimento e Salvação
Ao lado de Jesus, um dos ladrões teve sua última canção de redenção, pedindo: “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lucas 23:42). Jesus respondeu, “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43). A música final deste homem, apesar de sua vida de erros, foi uma de arrependimento sincero e salvação. Ele nos lembra que nunca é tarde para se voltar a Deus.
9. Mártires do Passado: A Canção de Fidelidade até o Fim.
Muitos mártires, como Policarpo, declararam sua fé até o último instante. Policarpo, ao ser condenado à fogueira, disse: “Sirvo a Cristo há oitenta e seis anos, e Ele nunca me fez mal; como posso agora blasfemar contra o meu Rei que me salvou?” (Mártir de Policarpo 9:3). Sua última canção foi uma declaração de fidelidade e amor por Cristo. Eles nos mostram que o amor por Jesus é mais forte do que a própria morte.
10. A Última Nota de Vitória: Jesus na Cruz
A última música de Jesus foi marcada por Sua declaração final: “Está consumado” (João 19:30). Essa expressão simbolizou o cumprimento da missão de redenção e vitória sobre o pecado e a morte. Jesus escolheu uma última nota de vitória, mostrando que, por meio de Sua obra, nossa última música também pode ser de vitória eterna.
CONCLUSION:
Cada um de nós possui o poder de compor a melodia da própria vida, tocando tanto as teclas brancas da paz quanto as pretas das lutas e tristezas. No entanto, ao final, cabe a cada um escolher qual será sua última canção: uma melodia de derrota ou um hino de vitória. Que possamos seguir o exemplo de fé, perdão, esperança e obediência dos personagens bíblicos e transformar nossa última música em uma nota triunfante, assim como fez nosso Salvador e Redentor, Jesus Cristo, ao dizer: “Em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46).