O filme “Divertida Mente 2” estreou recentemente nos cinemas, trazendo a continuação da história de Riley, que agora está na puberdade e enfrenta novas emoções e sentimentos. Além das já conhecidas Alegria, Medo, Tristeza, Raiva e Nojo, Riley agora também lida com Ansiedade, Vergonha, Inveja e Tédio. Isso me levou a refletir sobre o que a Bíblia diz sobre essas emoções. Quem controla nossos sentimentos? Deus nos controla ou nós controlamos nossos sentimentos?
Alegria
De onde vem nossa alegria, uma das emoções principais no filme? Será que ela surge apenas quando conseguimos o que queremos ou quando tudo está perfeito? Filipenses 4:4 nos ensina: “Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!” Nossa vida foi dada por Deus, e devemos encontrar alegria nEle. Não devemos depender de coisas ou pessoas para sermos felizes, mas sim focar em Cristo, pois a alegria que vem de Deus nunca acaba.
Tristeza
No filme, a tristeza é apresentada como uma emoção necessária para compreender e buscar consolo. Embora a tristeza faça parte da experiência humana, sem a alegria de Deus como nosso foco, podemos nos sentir constantemente tristes por aquilo que não alcançamos, o que pode levar a depressão e outros problemas. Romanos 12:15 diz: “Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram.” O choro pode resultar de arrependimento e humildade diante de Deus. Salmos 34:18 nos conforta: “O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido.” Quando estamos com o Senhor, nosso choro pode se transformar em alegria.
Medo
A Bíblia é clara sobre o medo. Em 1 João 4:18, lemos: “No amor não há medo; pelo contrário, o perfeito amor lança fora o medo. Porque o medo envolve castigo, e quem teme não está aperfeiçoado no amor.” O medo deve ser expulso, pois o amor de Deus elimina o medo.
Raiva
No filme, a raiva deve ser gerenciada de forma saudável para proteger e guiar Riley. Porém, a Bíblia nos alerta sobre a raiva. Efésios 4:26-27 nos diz: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.” Isso sugere que a raiva deve ser controlada e não deve levar a ações prejudiciais.
Ansiedade
Vivemos em um mundo globalizado e tecnologicamente avançado, onde tudo parece estar disponível imediatamente, o que pode gerar ansiedade. Filipenses 4:6-7 aconselha: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.” Devemos confiar em Deus e entregar nossas ansiedades a Ele.
Inveja
A inveja não é apenas um sentimento, mas um pecado. Provérbios 14:30 diz: “O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos.” A inveja corrói a alma e impede a paz interior.
Tédio
A Bíblia frequentemente enfatiza a importância do trabalho diligente e condena a ociosidade. Provérbios 6:6-11 diz: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio. Não tendo chefe, nem superintendente, nem governador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco de sono, um pouco de cochilo, um pouco de cruzar as mãos para descansar, assim te sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade como um homem armado.” Isso nos ensina que a diligência e a atividade são valiosas, e a ociosidade pode trazer consequências negativas.
Vergonha
Muitos cristãos enfrentam vergonha ao professar sua fé, especialmente em ambientes que não compartilham os mesmos valores. Marcos 8:38 adverte: “Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.” Não devemos negociar nossos princípios cristãos.
No filme, essas emoções controlam Riley, mas, na nossa vida, quem deve controlar nossas emoções é o Senhor. Aprendendo mais sobre Deus e seguindo Seus ensinamentos, Ele nos dará força para lidar com qualquer emoção que enfrentarmos. Devemos ter a verdadeira alegria que vem de Cristo, para que sentimentos negativos não nos dominem e nos façam mal.
Por Rebeca Maia, Theology Student Gazette
Arthur Maia Ilustration