Pastor Benigno Bianchini
Igreja Assembleia de Deus, Brasil-MG
30-10-2024
Tx. Mt 1.23; 16.13-20
INTRODUÇÃO: Cristo Jesus é verdadeiramente Deus? Somente as Escrituras Sagradas fornece uma resposta segura e inquestionável. Se Ele não fosse Deus, não teria autoridade para perdoar pecados (Marcos 2:7). No entanto, sua divindade anula sua humanidade? De modo algum. Pois, se Ele não tivesse se tornado homem, como poderia ter experimentado a morte em nosso lugar (Filipenses 2:6-8)? A beleza do mistério de Cristo está em sua natureza plena, sendo ao mesmo tempo verdadeiro Deus e verdadeiro homem (João 1:1,14). Ele precisou assumir a forma humana para, como homem, vencer a morte e, como Deus, trazer a redenção eterna.
I. A UNIÃO HIPOSTÁTICA.
Lewis Chafer em se livro de Teologia Sistemática na página 45 que fala sobre esta união hipostática de Jesus Cristo ele escreve assim:
“A singularidade da pessoa incomparável que é o Salvador, como já foi indicado, é mostrada em sua união em sua única pessoa com duas naturezas. Ele é a divindade no sentido pleno e absoluto. Visto ele é comparável ao Pai e ao Espírito Santo. Não obstante, ele tomou sobre si uma natureza humana perfeita e completa, e neste aspecto ele era comparável Adão antes da queda, e a outros homens exceto pelo dano que o pecado que impõe. Então, o que separa o Deus-homem de todos os outros seres criados é essa união de duas naturezas em uma pessoa. Nenhum outro esse existiu com esse aspecto, nem jamais existirá; pois não há necessidade que venha a existir. Ele é a satisfação eterna de tudo que se exige em tal união.”
- UMA EXPLICAÇÃO DO TEXTO ACIMA
Ao explicar este maravilhoso texto de Chafer, podemos aprender muito. Para torná-lo mais didático e acessível a um aluno, podemos simplificar a linguagem e apresentar os conceitos de forma gradual, sem perder a essência do conteúdo. A seguir, uma versão mais clara e fácil de compreender:
Lewis Chafer, em sua Teologia Sistemática (p. 45), fala sobre a união hipostática de Jesus Cristo, que é a união das duas naturezas de Cristo — divina e humana. Ele diz que Jesus é único porque, ao mesmo tempo, é completamente Deus e completamente homem. Como Deus, Jesus é igual ao Pai e ao Espírito Santo, possuindo toda a glória e poder divinos. Mas Jesus também tomou sobre Si uma natureza humana, perfeita e sem pecado, semelhante à de Adão antes de cometer o primeiro pecado. Diferente de nós, Ele nunca foi afetado pelo pecado.
O que faz Jesus ser totalmente diferente de qualquer outro ser é que Ele tem essas duas naturezas — a divina e a humana — ao mesmo tempo, em uma única pessoa. Não há ninguém como Ele e nunca haverá, porque não há necessidade de outro como Jesus. Ele é suficiente para sempre para nos salvar, pois essa união entre Deus e homem em Jesus foi a resposta perfeita ao que precisávamos para a nossa salvação.
Essa versão explica os principais pontos com termos mais simples, como a natureza divina e humana de Cristo, e reforça a importância dessa união para a fé cristã.
II. JESUS TEM NOMES PRIVATIVOS E EXCLUSIVOS DE DEUS.
Os nomes dados a Jesus nas Escrituras mostram claramente Sua divindade, pois são títulos que só podem ser atribuídos a Deus. Esses nomes ressaltam a Sua natureza eterna, o Seu poder absoluto e a Sua posição exaltada como soberano sobre todas as coisas.
1. DEUS
Jesus é chamado diretamente de Deus em vários textos do Novo Testamento, deixando claro que Ele compartilha da mesma essência divina do Pai.
- Hebreus 1:8: “Mas do Filho diz: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre…” Aqui, o autor de Hebreus faz referência a Jesus como Deus, confirmando Sua soberania eterna.
- Tito 2:13: “Aguardando a bendita esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo.” Paulo se refere a Jesus como “nosso grande Deus e Salvador”, apontando para Sua plena divindade.
- Romanos 9:5: “Dos quais são os patriarcas, e dos quais descende Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente.” Nesse versículo, Cristo é exaltado como Deus sobre todos.
- 1 João 5:20: “Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” João fala de Jesus como “o verdadeiro Deus”, reafirmando Sua identidade divina.
2. SENHOR.
O título “Senhor” (do grego Kurios) é muitas vezes usado para referir-se a Deus no Antigo Testamento, e no Novo Testamento, é aplicado diretamente a Jesus. Este título destaca a autoridade soberana de Cristo sobre toda a criação.
- Hebreus 1:10: “Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra das tuas mãos.” O autor aplica o título “Senhor” a Jesus, indicando que Ele é o Criador.
- Apocalipse 19:16: “E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.” Aqui, Jesus é chamado o “Senhor dos senhores”, título que revela Sua autoridade suprema sobre todos os poderes e autoridades.
- 1 Timóteo 6:15: “…A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.” Paulo novamente reafirma a supremacia de Jesus, chamando-O de “Senhor dos senhores”, título que expressa a majestade divina.
3. ALFA e ÔMEGA
Jesus é descrito como o “Alfa e Ômega”, o início e o fim de todas as coisas, enfatizando Sua eternidade e Sua soberania sobre o tempo e a criação.
- Apocalipse 1:8: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor Deus, o Todo-Poderoso.” Este título revela que Jesus é o ponto inicial e final de toda a existência, sendo Ele mesmo eterno. No mesmo contexto, o título “Todo-Poderoso” também é aplicado a Ele.
4.TODO-PODEROSO
Jesus é descrito como o “Todo-Poderoso”, outro título exclusivo de Deus, que ressalta Seu poder absoluto sobre todas as coisas no céu e na terra.
- Apocalipse 1:8: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.” Aqui, o próprio Cristo se apresenta como o Todo-Poderoso, uma clara evidência de Sua divindade e poder absoluto.
Comentário Geral: Esses títulos não apenas afirmam que Jesus é igual ao Pai em poder e divindade, mas também mostram que Ele possui a mesma glória e atributos eternos de Deus. Quando o Novo Testamento aplica esses nomes a Jesus, fica claro que Ele é verdadeiramente Deus, digno de toda adoração e louvor, assim como o Pai e o Espírito Santo.
III. JESUS PRATICA ATOS EXCLUSIVOS DA DIVINDADE
As ações de Jesus revelam claramente Sua divindade, pois Ele realiza obras que, nas Escrituras, são atribuídas apenas a Deus. A seguir, destacamos alguns desses atos que demonstram que Cristo é verdadeiramente Deus, com exemplos bíblicos para reforçar cada ponto.
1. Jesus é Criador
A Bíblia ensina que a criação do universo é um ato exclusivo de Deus, e Jesus é diretamente identificado como o Criador de todas as coisas.
- João 1:1-3: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.” João afirma claramente que Jesus, o Verbo, estava no início de tudo e criou todas as coisas.
- Colossenses 1:16: “Porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele.” Paulo ressalta que tudo, desde os poderes celestiais até a criação material, foi feito por meio de Jesus, reforçando Seu papel como Criador.
Exemplo Bíblico: No Antigo Testamento, o ato de criar o universo é atribuído exclusivamente a Deus (Gênesis 1:1), mas no Novo Testamento, vemos Jesus diretamente envolvido em cada aspecto da criação, mostrando Sua igualdade com o Pai.
2. Jesus Perdoa Pecados
Somente Deus pode perdoar pecados, um poder que os líderes religiosos do tempo de Jesus reconheceram como pertencente exclusivamente a Deus. No entanto, Jesus perdoa pecados com Sua própria autoridade, demonstrando que Ele é Deus.
- Lucas 5:20-25: Quando Jesus curou o paralítico, Ele primeiro disse: “Homem, os teus pecados te são perdoados.” Os fariseus se escandalizaram, pois sabiam que apenas Deus poderia perdoar pecados. Jesus, para provar Sua autoridade divina, curou o homem imediatamente.
- Mateus 8:1-10: Jesus também perdoou os pecados do centurião, mostrando não apenas Sua compaixão, mas Sua autoridade divina para perdoar.
Exemplo Bíblico: No Salmo 103:3, Deus é descrito como “Aquele que perdoa todas as tuas iniquidades.” Ao perdoar pecados, Jesus demonstrava que possuía o mesmo poder divino de Deus Pai.
3. Jesus Ressuscita os Mortos
O poder sobre a vida e a morte pertence apenas a Deus. No entanto, Jesus demonstra esse poder de maneira impressionante ao ressuscitar os mortos, tanto em Suas ações quanto em Suas promessas de ressurreição futura.
- João 5:21,25,28-29: Jesus disse: “Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida a quem Ele quer… Vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz, e sairão…” Aqui, Jesus afirma Sua autoridade para ressuscitar os mortos, um ato divino.
- João 6:39,44: Jesus prometeu que aqueles que crerem n’Ele serão ressuscitados no último dia, mostrando que Ele tem o poder sobre a vida eterna.
Exemplo Bíblico: Em João 11, Jesus ressuscita Lázaro da morte após quatro dias no sepulcro, provando que Ele tem poder absoluto sobre a morte. Isso é algo que apenas Deus pode fazer, como mostrado no Antigo Testamento, onde o poder da ressurreição é atribuído a Deus (1 Samuel 2:6).
4. Jesus é Galardoador Eterno
Somente Deus pode recompensar eternamente, e as Escrituras revelam que Jesus é aquele que dará recompensas ou galardões a cada um, de acordo com suas obras.
- Mateus 16:27: “Porque o Filho do Homem virá na glória de Seu Pai, com os Seus anjos; e então recompensará a cada um segundo as suas obras.” Aqui, Jesus afirma que Ele será o juiz que recompensará os justos, algo que pertence exclusivamente a Deus.
- Apocalipse 2:10: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Jesus promete a recompensa eterna àqueles que perseverarem na fé até o fim.
- Apocalipse 3:21: “Ao que vencer, dar-lhe-ei a sentar-se comigo no meu trono, assim como Eu venci, e me assentei com meu Pai no Seu trono.” Jesus oferece a recompensa suprema de compartilhar Seu trono celestial com os vencedores.
Exemplo Bíblico: No Antigo Testamento, é Deus quem julga e recompensa os justos (Salmo 62:12). Ao afirmar que Ele mesmo será o galardoador eterno, Jesus novamente se coloca no papel divino, demonstrando Sua divindade.
IV. JESUS POSSUI ATRIBUTOS DIVINOS
Os atributos divinos que Jesus possui são outra evidência de Sua natureza divina. A Bíblia atribui a Ele qualidades que pertencem exclusivamente a Deus. Vejamos alguns desses atributos com referências e exemplos bíblicos:
1. Eternidade
A eternidade é a característica de existir fora do tempo, sem princípio nem fim. Este atributo, exclusivo de Deus, também é atribuído a Jesus, mostrando que Ele sempre existiu e sempre existirá.
- João 1:1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Jesus, o Verbo, já existia antes de todas as coisas, mostrando que Ele é eterno.
- Hebreus 13:8: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.” Este versículo enfatiza que Jesus não é sujeito ao tempo; Ele é constante e eterno.
- Colossenses 1:17: “Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele.” Jesus é anterior à criação, e todas as coisas são sustentadas por Ele, indicando Sua eternidade.
Exemplo Bíblico: Em Isaías 9:6, Jesus é chamado de “Pai da Eternidade”, um título que destaca Sua natureza eterna. Ele não apenas é o Criador, mas também é o sustentador eterno de todas as coisas.
2. Onipresença
Onipresença é a capacidade de estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo, algo que pertence unicamente a Deus. Jesus demonstrou Sua onipresença, especialmente após a ressurreição e ascensão.
- Mateus 18:20: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” Jesus promete estar presente em todos os lugares onde Seus seguidores se reúnem, demonstrando Sua onipresença.
- Efésios 1:23: “…que é o Seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” Aqui Paulo fala da presença de Cristo que enche todas as coisas, uma característica de Sua divindade.
- Colossenses 1:27: “Cristo em vós, a esperança da glória.” Jesus habita nos corações de todos os crentes, independentemente de onde estejam, uma clara manifestação de Sua onipresença.
Exemplo Bíblico: No Salmo 139:7-10, Davi reconhece que não há lugar onde se possa fugir da presença de Deus. Jesus, sendo divino, compartilha desse atributo de estar presente em todos os lugares.
3. Onipotência
A onipotência é o atributo de ser todo-poderoso, capaz de fazer todas as coisas. Jesus demonstrou Seu poder supremo ao realizar milagres, subjugar a morte e exercer autoridade sobre a criação.
- Mateus 28:18: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.” Jesus declara que todo poder foi dado a Ele, tanto no céu quanto na terra, mostrando Sua onipotência.
- João 16:19: Jesus sabia de todas as coisas antes de acontecerem, revelando Seu poder e controle sobre o futuro.
- Romanos 1:4: “E foi declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dentre os mortos.” A ressurreição de Jesus é a demonstração suprema de Seu poder divino, pois somente Deus tem o poder sobre a vida e a morte.
Exemplo Bíblico: Em Marcos 4:39, Jesus acalma a tempestade com uma simples palavra, demonstrando que Ele tem poder sobre a natureza, algo que apenas Deus possui. No Antigo Testamento, Deus é descrito como Aquele que controla o mar e os ventos (Salmo 107:29).
4. Imutabilidade
Imutabilidade significa que Deus não muda em Sua natureza, caráter, ou propósitos. Jesus, sendo Deus, também é imutável.
- Hebreus 1:12: “Tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.” Este versículo mostra que, assim como Deus, Jesus permanece o mesmo para sempre.
- Hebreus 13:8: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente.” Jesus não muda com o passar do tempo; Sua natureza e caráter permanecem inalterados, reafirmando Sua divindade.
Exemplo Bíblico: No Antigo Testamento, Deus é descrito como imutável (Malaquias 3:6: “Eu, o Senhor, não mudo”). Jesus compartilha dessa mesma característica, demonstrando que Ele é igualmente divino e imutável.
Comentário Geral:
Os atributos divinos de Jesus — eternidade, onipresença, onipotência e imutabilidade — são qualidades que apenas Deus possui. A Bíblia nos revela que Jesus possui esses mesmos atributos, mostrando claramente que Ele não é apenas um grande profeta ou líder espiritual, mas verdadeiramente Deus em carne. Essa verdade é fundamental para a nossa fé, pois confirma a identidade divina de Cristo, que, ao ser plenamente Deus, Redentor e o único Salvador e capaz de nos reconciliar com o Pai.
V. JESUS TEM UMA CLASSE DE DIGNIDADE EXCLUSIVA DE DEUS
Jesus possui uma dignidade que só pode ser atribuída a Deus. Isso é evidenciado em três áreas fundamentais: o louvor, a adoração e a recepção no coração humano. Esses aspectos mostram claramente que Jesus não é apenas um homem extraordinário, mas o próprio Deus encarnado.
1.Digno de Louvor e Honra
Jesus é digno de receber o mesmo louvor e honra que são dados ao Pai, confirmando Sua igualdade com Deus.
- 2 Pedro 3:18: “Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja dada a glória, assim agora, como no dia eterno.” Pedro aqui declara que Jesus deve ser glorificado para sempre, algo que só Deus merece.
- João 5:23: “Para que todos honrem o Filho como honram o Pai.” Jesus afirma que Ele deve ser honrado da mesma forma que o Pai, o que seria uma blasfêmia se Ele não fosse divino.
- João 17:5: “E agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” Jesus fala sobre a glória que possuía ao lado do Pai antes da criação, provando Sua natureza eterna e divina.
Exemplo Bíblico: Em Filipenses 2:9-11, Paulo escreve que Deus exaltou Jesus acima de todo nome e que “todo joelho se dobrará” diante dEle. Isso ecoa Isaías 45:23, onde Deus declara que todo joelho se dobrará diante dEle — uma clara afirmação de que Jesus compartilha a dignidade de Deus.
2. Digno de Ser Adorado
A adoração é algo reservado exclusivamente para Deus, e no livro de Apocalipse, vemos Jesus sendo adorado com a mesma reverência dada ao Pai.
- Apocalipse 5:1-14: Neste capítulo, o Cordeiro (Jesus) é adorado por todos os seres celestiais. Eles proclamam: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.” Essa cena de adoração a Jesus mostra que Ele é reconhecido como Deus, pois somente Deus é digno de tal adoração.
Exemplo Bíblico: Em Mateus 28:9, depois da ressurreição, as mulheres que encontraram Jesus “abraçaram os seus pés e o adoraram.” Jesus aceitou essa adoração, algo que nenhum mero homem ou anjo tem o direito de receber. Quando João tentou adorar um anjo em Apocalipse 22:8-9, o anjo o repreendeu, dizendo: “Adora a Deus.” O fato de Jesus aceitar adoração é uma prova clara de Sua divindade.
3. Digno de Ser Recebido no Coração
Jesus é descrito como Aquele que deve ser recebido no coração dos homens, um ato que implica confiança e fé completas n’Ele como Salvador e Senhor. Isso também reflete Sua divindade, pois somente Deus pode habitar nos corações humanos.
- João 1:12: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.” Este versículo nos mostra que a verdadeira fé e salvação dependem de receber Jesus no coração, um ato de aceitação de Sua divindade e senhorio.
Exemplo Bíblico: Em Apocalipse 3:20, Jesus declara: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo.” Este convite pessoal demonstra o papel exclusivo de Cristo em ser o único digno de habitar no coração humano, algo reservado apenas a Deus.
Comentário Geral:
Esses três aspectos — ser digno de louvor e honra, ser digno de adoração, e ser digno de ser recebido no coração — são evidências incontestáveis da divindade de Jesus. A Bíblia mostra que Ele recebe a mesma glória e adoração que o Pai, e isso só seria possível se Ele fosse Deus. Ao reconhecermos e honrarmos Jesus dessa maneira, estamos afirmando Sua verdadeira identidade como o Deus-homem, que veio ao mundo para nos salvar e habitar em nossos corações.
CONCLUSÃO:
A conclusão sobre a divindade de Jesus Cristo deve reafirmar o entendimento profundo de que Ele é, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, o que constitui o fundamento da fé cristã. Ao longo dos Evangelhos, suas obras, milagres e ensinamentos revelam características e atributos exclusivamente divinos, como o poder de perdoar pecados, autoridade sobre a criação e vitória sobre a morte. Jesus não apenas representa Deus, mas é o próprio Deus que veio ao nosso encontro, oferecendo-nos reconciliação e vida eterna. Sua divindade nos dá esperança, pois em Cristo temos um Salvador que conhece nossas fraquezas e oferece uma comunhão verdadeira com o Pai. Reconhecer Jesus como divino é mais que um ato de fé; é uma resposta à sua presença viva e transformadora em nossas vidas.