A BELÍSSIMA TRINDADE

“A graça do senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos. Amém” 2Co 13.13

Por Benigno Bianchini, Pr.

I. A COMPREENSÃO LIMITADA DO HOMEM

A doutrina da Trindade é um dos mistérios mais profundos e sublimes da fé cristã. Em suas Confissões, Agostinho reflete: “Quem pode compreender plenamente a Trindade Onipotente? E quem ousa falar dela, mesmo sem a entender por completo? São poucos os que, ao discorrer sobre o mistério da Santíssima Trindade, sabem verdadeiramente o que dizem. Muitos debatem e argumentam, mas poucos alcançam a contemplação silenciosa que conduz à verdadeira paz interior.” Ele ainda acrescenta: “Quando perguntamos: “O que é Deus?”, respondemos, “A Trindade”. Mas ainda assim não compreendemos totalmente, porque a mente humana não pode abarcar toda a profundidade desse mistério divino.” Assim, este mistério sagrado nos convida a reverência, mais do que à explicação.

II. PERSPECTIVAS ELEVADAS E VISÕES FILOSÓFICAS E TEOLÓGICAS SOBRE A TRINDADE

Ao longo da rica história da filosofia e da teologia cristã, a doutrina da Trindade tem sido um profundo mistério que inspirou reflexões e elaborações intensas por parte de pensadores que, com reverência e rigor intelectual, empenharam-se em compreender a unidade divina manifestada em três Pessoas. Entre os mais influentes, destacam-se filósofos e teólogos cujas perspectivas únicas e marcantes moldaram o pensamento trinitário ao longo dos séculos. A leitura da obra “Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia” de R.N. Champlin, Ph.D., especialmente na página 499, da Editora Hagnos que explora a Trindade, oferece-nos uma visão clara e elucidativa desses grandes homens do passado. Esta obra ilumina como suas contribuições têm enriquecido nossa compreensão deste sublime e perene mistério.

Orígenes (185-254 d.C.), um dos maiores teólogos do Cristianismo primitivo, ofereceu uma formulação inicial da Trindade que, embora ainda não plenamente desenvolvida como a ortodoxia posterior, foi pioneira em delinear o relacionamento entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Para Orígenes, o Filho e o Espírito, embora consubstancieis ao Pai, ocupavam uma posição subordinada em termos de hierarquia, refletindo a grandeza transcendente de Deus Pai.

Plotino (204-270 d.C.), o místico fundador do Neoplatonismo, propôs uma tríade cósmica composta pelo “Um” (o absoluto), o “Nous” (intelecto) e a “Alma do Mundo”. Sua visão filosófica, repleta de profundidade metafísica, oferecia uma explicação para a emanação do ser e a estrutura da realidade. De maneira notável, alguns aspectos de sua tríade metafísica prefiguravam certas formulações trinitárias cristãs, ainda que com distinções cruciais.

Sabélio (século III d.C.), por outro lado, defendia uma visão modalista da Trindade, em que Pai, Filho e Espírito Santo não eram pessoas distintas, mas manifestações sucessivas do único Deus, que se revelava ao mundo em diferentes papéis — Criador, Redentor e Santificador. Essa doutrina, conhecida como sabelianismo, buscava preservar a unidade divina, ainda que sacrificando a distinção entre as Pessoas.

Ário (256-336 d.C.), teólogo controvertido do século IV, desafiou a visão predominante da consubstancialidade entre o Pai e o Filho. Para Ário, o Filho, apesar de exaltado, não compartilhava a mesma essência “homoousios” significa “a mesma substância”, que o Pai, mas era semelhante a Ele. Seu conceito era de “homoiousios” que significa “de substância similar”. Foi uma tentativa de preservar uma distinção clara entre o Criador e a criatura, o que gerou intensos debates que culminaram no Concílio de Niceia.

Os Capadócios, representados por figuras de destaque como Gregório de Nissa (335-395 d.C.) e Gregório Nazianzeno (329-390 d.C.), foram os arquitetos da formulação ortodoxa da Trindade, tal como foi consagrada no Concílio de Constantinopla em 381 d.C. Eles descreveram a Trindade como três hipóstases — três Pessoas distintas — compartilhando uma única essência divina. Sua obra foi uma expressão sublime de como a unidade de Deus coexiste com a distinção pessoal entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Agostinho de Hipona (354-430 d.C.), o grande doutor da Igreja, encontrou na mente humana uma imagem da Trindade. Para Agostinho, a alma, no seu ser, conhecimento e amor, reflete de modo misterioso a comunhão trinitária. Em sua brilhante obra “De Trinitate”, ele elaborou com maestria como essas três faculdades humanas correspondem às três Pessoas divinas, uma tentativa profunda de vislumbrar o mistério da Trindade por meio da razão e da experiência espiritual.

Anselmo de Cantuária (1033-1109 d.C.), conhecido por sua clareza intelectual e profundidade teológica, descreveu a mente racional humana como a imagem mais sublime da Trindade. Segundo ele, a razão, por sua capacidade de conhecer a verdade, reflete a relação divina. Para Anselmo, a Trindade pode ser vislumbrada através da razão, embora seu mistério transcenda a compreensão humana.

Tomás de Aquino (1225-1274 d.C.), o maior expoente da Escolástica medieval, abraçou a doutrina trinitária com uma profundidade teológica inigualável. No entanto, ele enfatizou que, embora a razão possa nos guiar até certo ponto, o mistério da Trindade só pode ser plenamente aceito pela fé. Para Aquino, o trinitarismo era uma verdade revelada, acima da razão, mas não contra ela, um mistério que só poderia ser contemplado no âmbito da fé cristã.

Esses grandes pensadores, cada um à sua maneira, deixaram marcas profundas e duradouras no entendimento da Trindade, oferecendo perspectivas que enriqueceram o pensamento cristão e abriram novas janelas para a contemplação deste mistério central da fé cristã.

III. DESVENDANDO OS EQUÍVOCOS SOBRE A TRINDADE

Desde tempos imemoriais, falsidade e verdade caminham lado a lado, sempre em oposição, embora se apresentem de maneira semelhante. Ao longo dos séculos, toda grande verdade doutrinária enfrentou uma mentira que, mascarada como verdade, tentou se impor como alternativa. Não foi diferente com a doutrina da Trindade. Embora claramente revelada nas Escrituras Sagradas, desde muito cedo ela encontrou adversários ferozes que tentaram distorcê-la e combatê-la com veemência. Assim, a Trindade continua a ser alvo de equívocos e ataques, mas permanece como uma das colunas inabaláveis da fé cristã.

1. A Controvérsia Ariana.

Uma das primeiras grandes tentativas de minar a integridade da doutrina da Trindade surgiu por volta de 320 d.C., por meio de Ário, um presbítero influente da igreja em Alexandria, no norte da África. Ário, em sua teologia, atacou diretamente a ideia da Trindade ao negar tanto a eternidade quanto a plena divindade de Cristo, afirmando que o Filho não era coeterno com o Pai, mas sim um ser criado, assim como todas as outras criaturas. Para Ário, Cristo, por mais elevado que fosse, pertencia à ordem da criação, distinto do Deus eterno e incriado.

Essa visão ariana colocou Ário em forte desacordo com Alexandre, o bispo de Alexandria, que defendia ardorosamente a Trindade conforme a tradição cristã: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, três pessoas igualmente divinas, incriadas e eternas. Esse conflito teológico se tornou uma das principais controvérsias da época, levando ao famoso Concílio de Nicéia (hoje Turquia) em 325 d.C., onde a ortodoxia cristã reafirmou a igualdade e eternidade do Filho em relação ao Pai, condenando a visão de Ário como herética.

2. Nicéia: O Concílio que Moldou a Fé

 O conflito entre Ário e Alexandre sobre a doutrina da Trindade tomou proporções tão amplas que se tornou necessário reunir um concílio para resolver a questão. Assim, em 325 d.C., o imperador Constantino convocou o Concílio de Nicéia, na antiga cidade da Ásia Menor, hoje localizada na Turquia. O encontro reuniu bispos de toda a cristandade para debater a natureza de Cristo e sua relação com o Pai. Após intensas discussões teológicas, o concílio aprovou um credo que afirmava a consubstancialidade do Filho com o Pai, refutando a posição ariana de que Cristo era um ser criado. Este credo, conhecido como o Credo Niceno, consolidou a doutrina da Trindade como uma das colunas centrais da fé cristã.

Com a decisão do concílio, Ário foi condenado como herege e banido por ordem de Constantino, marcando a primeira grande derrota do arianismo. No entanto, o arianismo não desapareceria facilmente. Apesar desse revés, a heresia ressurgiria em diferentes formas e se espalharia por diversos territórios nos séculos seguintes, desafiando a ortodoxia por um longo tempo.

3. Conceito de Algumas Seitas que Seguem a Ideia de Ário no Cotidiano.

Ao longo dos séculos, diversas correntes de pensamento têm surgido em oposição à doutrina da Trindade. Embora, por questões éticas, não se possa citar especificamente algumas dessas seitas, é possível reconhecer que elas compartilham um ponto em comum: a negação da plena divindade de Cristo e a rejeição da personalidade do Espírito Santo. Esses grupos, tal como Ário fez no passado, desafiam um dos pilares centrais da fé cristã, distorcendo a visão bíblica sobre a Trindade e propondo uma compreensão limitada da natureza de Deus. Mesmo em nossos dias, esses conceitos continuam a permear diferentes movimentos, sempre em contraste com a verdade revelada nas Escrituras.

IV. O ENSINAMENTO BÍBLICO SOBRE A NATUREZA TRINITÁRIA DE DEUS.

Embora a palavra “Trindade” não apareça explicitamente nas Escrituras, ela representa um conceito teológico profundamente enraizado na revelação bíblica. O termo só foi formalmente adotado no segundo século para descrever a plenitude da divindade, mas a realidade que ele expressa já estava presente desde o princípio. Assim como o planeta Saturno existia muito antes de ser nomeado, a essência trinitária de Deus já era manifestada desde a criação, ainda que o termo “Trindade” não fosse usado. Em toda a Bíblia, encontramos essa revelação divina: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, três pessoas em perfeita unidade, atuando em harmonia desde os primórdios da história sagrada.

1. A Presença Trinitária nas Escrituras.

Desde os primórdios da criação até o desfecho dos tempos, a majestosa presença da Trindade é revelada de forma sutil, mas profunda, em toda a Escritura. Com o simples, porém irresistível comando “Haja”, Deus trouxe todas as coisas à existência. Contudo, ao criar o ser humano, vemos uma declaração singular: “FAÇAMOS o homem à NOSSA imagem, conforme a NOSSA semelhança” (Gn 1.26), sugerindo uma pluralidade harmoniosa na própria essência divina. Após a queda, Deus novamente afirma: “Eis que o homem se tornou como UM de NÓS” (Gn 3.22), ecoando essa pluralidade celestial. No episódio da Torre de Babel, ouvimos o Senhor dizer: “Vinde, DESÇAMOS e CONFUDAMOS a sua linguagem” (Gn 11.7), revelando mais uma vez a comunhão entre as pessoas divinas. E na visão do profeta Isaías, Deus questiona: “A quem enviarei, e quem irá por NÓS?” (Is 6.8), apontando para o mistério trinitário. Essas expressões, que permeiam toda a Bíblia, oferecem um vislumbre da pluralidade divina, plenamente revelada no sublime mistério da Trindade.

A propósito, destacamos os verbos e pronomes: FAÇAMOS, NOSSA, UM DE NÓS, DESÇAMOS e CONFUNDAMOS, e NÓS para evidenciar que, em todos os casos mencionados, há a clara presença de mais de uma pessoa atuando, revelando assim a manifestação da Trindade em ação. Além dos exemplos já citados no Antigo Testamento, é no Novo Testamento que encontramos as provas mais contundentes que confirmam a doutrina bíblica da Trindade. Observe as seguintes referências que corroboram este ensino: (Mt 3.16,17; 28.19; 1Co 12.4-6; 2Co 13.13; Ef 4.4-6; 1Pe 1.12; Jd 20,21; Ap 1.4).

2. A Revelação da Trindade. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, títulos divinos são claramente atribuídos a cada uma das três pessoas da Trindade de maneira distinta.

a. Em relação ao Pai: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êx 20.2).

b. Em relação ao Filho: “Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28).

c. Em relação ao Espírito Santo: “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da propriedade?… Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3,4).

As Escrituras descrevem cada pessoa da Trindade com atributos divinos únicos, destacando sua unidade na essência divina. Cada uma é descrita como:

  • Onipresente (Jr 23.24; Ef 1.20-23; Sl 139.7),
  • Onipotente (Gn 17.1; Ap 1.8; Rm 15.19),
  • Onisciente (At 15.18; Jo 21.17; 1Co 2.10),
  • Criador (Gn 1.1; Jo 1.3; Jó 33.4),
  • Eterno (Rm 16.26; Ap 22.13; Hb 9.14),
  • Santo (Ap 4.8; At 3.14; 1Jo 2.20),
  • Santificador (Jo 10.36; Hb 2.11; 1Pe 1.2),
  • Fonte da Vida Eterna (Rm 6.23; Jo 10.28; Gl 6.8),
  • Ressuscitador de mortos (1Co 6.14; Jo 11.43; 1Pe 3.18),
  • Inspirador dos profetas (Hb 1.1; 2Co 13.3; Mc 13.11),
  • Supridor de ministros à sua Igreja (Jr 3.15; Ef 4.11; At 20.28),
  • Salvador (2Ts 2.13; Tt 3.4-6; 1Pe 1.2).

Esses atributos, distribuídos igualmente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, reafirmam a unidade da Trindade na obra divina, revelando sua atuação em todas as dimensões da criação, redenção e santificação.

V. Deus, o Soberano Pai de Tudo.

Nas Escrituras, o título de “Pai” nem sempre é atribuído a Deus no mesmo sentido. A forma como Ele é chamado de Pai se manifesta em diferentes contextos, revelando nuances da sua relação com a criação e a humanidade. Podemos identificar pelo menos quatro maneiras distintas em que a Bíblia se refere a Deus como Pai:

  1. Deus, o Pai de toda a Criação (1Co 8.6; Ef 3.14,15; Hb 12.9). Neste caso, o título “Pai” refere-se especialmente à primeira pessoa da Trindade, a quem a revelação divina atribui a obra da criação. Ele é o Pai de tudo o que existe, Aquele que trouxe todas as coisas à existência.
  2. Deus, o Pai de Israel (Dt 32.6; Is 63.16; Jr 3.4; Ml 1.6). Aqui, o termo “Pai” expressa a relação teocrática que Deus estabeleceu com Israel, seu povo escolhido no Antigo Testamento. Ele é o Pai de Israel no sentido de eleição e cuidado especial.
  3. Deus, o Pai dos Crentes (Mt 5.45; 6.6; 1Jo 3.1). No Novo Testamento, a paternidade de Deus assume um significado ainda mais profundo. Ele é Pai daqueles que foram regenerados pela Sua Palavra e Espírito, fazendo dos crentes Seus filhos adotivos em Cristo.
  4. Deus, o Pai de Jesus Cristo (Mt 3.17; Jo 1.14; 8.54). Neste sentido singular, o título “Pai” é utilizado em relação à segunda pessoa da Trindade, o Senhor Jesus Cristo. A relação entre Deus Pai e Deus Filho é única, revelando a filiação eterna de Cristo.

Assim, podemos compreender que:

  • De todas as coisas criadas, Deus é Pai por meio da criação (Cl 1.16-18).
  • Do povo de Israel, Ele é Pai por eleição divina (Êx 4.22; Dt 14.1).
  • Dos crentes, Deus é Pai por adoção, concedendo-lhes o privilégio de serem Seus filhos (Rm 8.14; Fp 2.15; 1Jo 3.1).
  • Do Senhor Jesus Cristo, Ele é Pai por geração, evidenciando a relação eterna e singular entre o Pai e o Filho (Sl 2.7; At 13.33; Hb 1.5).

VI. Deus, o Filho revelado como o eterno Salvador.

Entre as três pessoas da Trindade, a única revelada corporalmente aos homens foi a segunda pessoa: o Senhor Jesus Cristo. Sua encarnação, no entanto, em nada diminui seus méritos ou sua plena divindade.

  1. Jesus Cristo é Deus (Jo 1.1; Fp 2.6; Hb 1.3; Cl 1.15; 1Jo 5.20). Muitas afirmações feitas no Antigo Testamento sobre o Senhor Jeová são interpretadas no Novo Testamento como referências proféticas a Jesus Cristo. Por exemplo, comparemos as seguintes passagens: Isaías 40.3-4 com Lucas 1.68, 69, 79; Êxodo 3.14 com João 8.56-58; Jeremias 17.10 com Apocalipse 2.23; Isaías 60.19 com Lucas 2.32. Essas comparações mostram que Cristo é o cumprimento pleno da revelação de Deus, como predito pelos profetas.
  2. Atributos divinos em Jesus. Atributos exclusivos de Deus Pai também se manifestam em Jesus, comprovando sua divindade. A Bíblia o descreve como: o Primeiro e o Último (Ap 1.17; 21.6), Senhor dos senhores (Ap 17.14), Senhor de todos e Senhor da Glória (At 10.36; 1Co 2.8), Criador (Jo 1.3), Rei dos reis (Ap 19.16), Juiz (At 10.42), Bom Pastor (Jo 10.11-12), Cabeça da Igreja (Ef 1.22), Verdadeira Luz (Lc 1.78-79), Fundamento da Igreja (Mt 16.18), O Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14.6; 11.25), Perdoador de pecados (Sl 103.3; Lc 5.17-24), Sustentador de todas as coisas (Cl 1.17), Doador do Espírito Santo (Mt 3.11), Eterno (1Tm 1.17), Santo (At 3.14), Verdadeiro (Ap 3.7), Onipresente (Ef 1.20-23), Onipotente (At 1.8), e Onisciente (Jo 21.17). Cada um desses atributos divinos confirma sua posição como verdadeiro Deus, coeterno e consubstancial com o Pai e o Espírito Santo.

Este conjunto de títulos e atributos revela o Senhor Jesus Cristo como a manifestação plena de Deus, tanto em seu poder quanto em sua missão redentora, sendo Ele o centro da revelação bíblica e o fundamento da fé cristã.

VII. Deus, Espírito Santo o eterno Consolador.

O Pai e o Filho frequentemente dão testemunho de si mesmos; no entanto, o Espírito Santo, embora nunca dê testemunho de si mesmo, é apresentado nas Escrituras como um ser dotado de plena personalidade. Ele possui todas as características de existência pessoal, distinguindo-se claramente de uma força impessoal. O Espírito Santo é o divino Consolador que opera nas profundezas da vida dos crentes e da Igreja.

  1. Nomes divinos atribuídos ao Espírito Santo. A Bíblia claramente identifica o Espírito Santo como Deus. No episódio de Ananias e Safira, Pedro declara: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração para que mentisses ao Espírito Santo… Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3-4), reconhecendo sua divindade. Além disso, Ele é chamado SENHOR: “Mas todos nós, com o rosto desvendado, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do SENHOR” (2Co 3.18). Tais designações não apenas conferem honra ao Espírito Santo, mas afirmam sua eternidade e igualdade com o Pai e o Filho.
  2. Atributos divinos do Espírito Santo. Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo também possui os atributos divinos, reafirmando sua plena divindade. Entre eles estão: a eternidade (Hb 9.14), a onipresença (Sl 139.7-10), a onipotência (Lc 1.35), e a onisciência (1Co 2.10). Esses atributos conferem ao Espírito Santo a mesma natureza divina que é compartilhada entre as três pessoas da Trindade.

O Espírito Santo está inseparavelmente associado ao Pai e ao Filho em diversas passagens bíblicas. Ele aparece na Grande Comissão, quando Jesus ordena: “Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Ele também atua na Igreja na distribuição dos dons espirituais: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo; e há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1Co 12.4-6). Finalmente, Ele está presente na Bênção Apostólica: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2Co 13.13).

Essas verdades demonstram a majestade e o mistério do Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, cuja obra silenciosa, porém poderosa, continua transformando vidas e edificando a Igreja.

Conclusão: A Trindade é um mistério que transcende a compreensão humana, mas é revelada de forma clara e poderosa nas Escrituras. Embora não possamos compreender completamente o seu funcionamento, sabemos que Deus, em três pessoas — Pai, Filho e Espírito Santo — trabalha harmoniosamente para a criação, salvação e santificação da humanidade. Devemos render glórias a Ele por Seu amor, graça e comunhão, que nos são manifestados através da belíssima Trindade.

A reflexão de Wallber Pinheiro pode ser expressa de forma clara e poética, conectando a simplicidade das palavras com a profundidade da fé cristã. Aqui está uma maneira de transmitir esse pensamento:

É incrível como, em pequenas coisas, podemos ver a grandiosidade de Deus. “Eu te amo” – três palavras e sete letras – revelam algo divino e perfeito. O número três, associado à Santíssima Trindade, nos lembra do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O número sete, frequentemente mencionado na Bíblia, representa a perfeição. Quando declaramos ‘Eu te amo’, estamos tocando algo profundo e celestial, pois Deus é amor em sua essência (1 João 4:8). O amor é divino, perfeito e reflete a própria natureza de Deus.

Resumindo: veja como é algo de Deus isso:

O número 3 remete a Trindade Divina 

O número 7 segundo a Bíblia fala que significa perfeição

 EU TE AMO = 3 Palavras, 7 Letras, é divino e perfeito por isso Deus é Amor. Wallber Pinheiro.

Queridos leitores, agradecemos sinceramente por dedicarem seu tempo ao estudo da Trindade. Que estas reflexões inspirem e fortaleçam sua caminhada espiritual, revelando o mistério profundo da comunhão entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Acolhemos de coração qualquer crítica construtiva que possa enriquecer este trabalho, sempre com o propósito de glorificar a Deus. Que o Amor do Pai, a Graça do Filho e a Comunhão do Espírito Santo os acompanhe e abençoe abundantemente.

“Wayne Grudem define a Trindade por meio de três afirmações: “Deus é três pessoas”, “Cada pessoa é plenamente Deus” e “Há apenas um Deus”. Glória a Deus!!!

Com um sincero Shalom!

Benigno Bianchini, Pr.

Igreja Evangélica Assembleia de Deus – São João Del Rei – MG – BRASIL

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